quinta-feira, 10 de abril de 2014

O amor do poeta é infinito




Vamos tocando a vida,
na corrida, na lambida do tempo.
Aquele que passa, não se laça,
nem se pode parar ou amarrar.


Vamos fazendo história,
na memória ou em glória.
Alguns de nós com glamour,
outros apenas com histórico estupor.


Vamos pintando quadros,
que para alguns são negros,
para outros furta-cores.
Para nós, os poetas, com muitas flores.


Vamos cozendo os rotos,
e delineando os rostos.
Fazendo da tristeza poesia.
Do choro e do amor sintonia.


Compondo as curvilíenas formas.
Dos andares de donzelas,
ou os musculares corpos
dos fortes amantes delas.


Das dores fazemos rimas,
alguns grandes obras primas.
No amor é que buscamos vida.
Poeta sempre ama sem medida.


Nem bem acaba um amor,
logo outro está na fila,
de forma ardente ele ama o desamor,
ama a tristeza, dos olhos não só a pupila;


A natureza, o amigo, o bom vinho.
Como trem encarrilhado.
Poeta ama o amor, o desalinho,
Tudo o que existe e até o que não foi inventado.


Poeta é ave que voa alto
vem longe e escuta além dos ouvidos.
Tem coração doce,
que pulsa de dar alaridos.





Extraído do texto de Teresa Azevedo da Agenda 2010 do Portal do Poeta Brasileiro
Pintura de Clement Pujol de Guastavino

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