sexta-feira, 14 de março de 2014

Fragilidade

FRAGILIDADES.
 
De todas as flores que cultivei...

Uma me chamou mais a atenção.
Era uma florzinha singela que notei...
Nascida no beiral de minha janela!
 
Tão miudinha e franzina ela era...
Que jamais se formou dela um botão.
Mas com todo carinho eu a reguei...
Na esperança de vê-la um dia ser flor!
 
Todas as manhãs um beija-flor curioso,
Ou então malicioso, vinha à florzinha olhar!
Fazia o maior escarcéu para nela chegar,
Mas era tão miudinha que não a podia beijar!
 
Passaram-se as estações e ela ali estava.
Não se curvou ao tempo nem as tempestades.
Tão pequena e delicada que o orvalho da noite...
Trazia no silencio madrugada, o sereno a venerá-la.
 
Aurora se fez e uma abelhinha atrevida...
Sugou sem permissão roubou da florzinha o pólen.
Deixando-a agonizante de desejo assim como eu...
Agonizo no desejo de estar nos braços teus!
 
                                                                                               Baroneto.

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