quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Leve-me

Leve-me consigo
em busca da paz
que persigo.

Ensina-me tua
serenidade.
Teu alheamento*,
como disse Drumonnd.
Que meu pensamento
seja limpo, seja bom;
e que minha certeza
sobreviva a toda
correnteza.

Que eu, como tu,
mantenha ex amores
no peito;
e que de algum jeito
lhes conviva,
junto com amor
que passa no
momento.
E que tal se faça,
sem a maldade
das tolas afirmações.

Que eu, como tu,
acredite na vida
e na luta sem trincheira,
pois se o Mundo
é só barreira
que se leve a paz
a toda fronteira.

Que se tenha
a quase ingênua
bravata de todo
Sancho Pança,
ao se ater
a um só fio de
Esperança.

Que eu me liberte,
assim como tu,
de todo ciúme
e de todo queixume,
por saber que é na
resignação
que a vida se resume.

Que eu, assim como tu,
erga-me presto
das desilusões,
pois se todas passaram
e outras passarão,
só me resta
viver
até outra vida
acontecer.

Um comentário:

  1. Parabéns Fábio, por sua poesia, gostei muito.
    Abs.
    Eunice R. de Pontes

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