quinta-feira, 26 de maio de 2011

Boas Vindas Poeta Guilherme


A Alberto Caeiro




Sou descarado mesmo

Ao extremo de todas as possibilidades

Não me envergonho e nem faço de conta que não.



Gosto e demais, de monte,

Absurdamente.



Vejo uns outros fazerem o mesmo.

Eu não faço de conta que não conheço

E nem disfarço mascarando meus versos

E faço questão de que saibam que amo,

Que conheço e que quero ser igual.



Sou apaixonado, frenético, patético,

Desvairado e endoidecido.



Minha admiração é tanta

Que se não fosse cristão

Blasfemaria dizendo ser adoração.



É quase.



Às vezes até queria que ele fosse ele mesmo.

Mas não é.

É outro de um outro

Que gosto um pouco.



Mas não tão loucamente

Como o amo e ao seu pensamento

Que não é pensamento

Que é pura sensação.



Minha vida se tornou dele e minha mais ainda

Quando o presenteei.

E o que escrevo é para mim e para ele.

Somente isso.



Talvez se me lesse

Pensava ser eu um idiota.



Não há na história um poeta

Tão brilhoso,

Maravilhoso,

Simples,

Claro,

Objetivo,

Conciso e

Preciso

No saber o que é vida e o que é ser

Pois ser é olhar e sentir sem ter que interpretar ou pensar.



O mais precioso!



Choro tanto quando leio

Porque não preciso pensar

Só sentir.

Não é tristeza não

É só o que me ocorre diante de tanta beleza

Exposta sem o rebuscamento costumeiro

De linguagem poética.



Um choro honesto,

E estas lágrimas quando me saem dos olhos são diamantes

E sou o homem mais afortunado de todos.



Um manifesto,

De amor ao que foi me dado livremente

E tão claramente faz-me livre da solidão.

Que sei dele que sem saber me ensinou

Mesmo antes que eu existisse.

Ser

Incoerência concisa

O ego pesquisa

Sente-se a vontade

O tempo todo em contrariedade



Idéias concretas

Entre si discretas

Discrepância

Alternância



Pensamentos

Ilusórios

Compulsórios

Sentimentos



Ausência

De coerência

Satisfação

Não

Existência



Ser

Contrário a si mesmo

Um prazer

Involuntário e a esmo.


Guilherme Coutinho Tomaz

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