segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Um Colírio (Por favor)

Matemática numa hora dessas?
Não desejo somas nem multiplicações.

Não quero pensar em nada,
Quero dar asas ao meu pensamento
e chegar num lugar macio e bonito.

Não quero saber da baixa cotação do dólar;
a brava crise não abala meus nervos,
europas não enxergam meus euros.

Quero o amor a cavalgar nuvens e astros
bem aqui na palma da minha mão.

Quero poderes e palavras
a valsar no compasso
da minha sinfonia.

Garçon, traga o colírio.

A cachaça evapora dos lábios,
a fumaça dos cigarros,
esconde meus olhos.

Há fuga na exatidão das horas,
medidas imprecisas não sabem
dos versos que choras.

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