quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Agridoce




Agridoce



Não me questione o quão triste hoje estou
tanto que meus versos lacrimejam solidão
É que a amargura no meu peito se instalou
no momento exato em que brotava a inspiração

Se já desejei ser lua, uma estrela me restou
Enquanto quis ser o mar, num copo dágua nadei
Depois de ser chuva forte, fui barro que alguém pisou
E nos retratos da vida, do espelho eu não passei

Tive a língua costurada no silêncio dos que pecam
Meus lábios aprisionados na liberdade invertida
Vi meus versos deletados pela loucura ao plural

Aos cuidados dos que tentam tocar a flor, (mas a secam)
Na face branca da escrita pus minha arte revestida
sobrevivendo ao veneno, que pra quem fez, foi fatal !

Charlyane Mirielle

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